Um balanço da Sociedade Brasileira de Educação Comparada, aos 40 anos, evoca a insustentável leveza do ser, conjugando a leveza da busca da liberdade e o peso concreto dos fatos. Esboçando esta contínua tensão, destacamos o objetivo inicial de abrir janelas e portas ao mundo, de modo a superar tanto uma educação introjetada como um cosmopolitismo neocolonial. Assim, buscava-se debater uma perspectiva para as ciências da educação. Levantamento em 2013 arrolou 97 artigos publicados em 1999-2014. Nesta tentativa, nos deparamos com a estimativa preliminar de cerca de 840 trabalhos publicados digitalmente de 2019 a junho de 2023. Esta explosão reflete o contexto da globalização, das avaliações comparativas e dos estímulos à competição pela eficiência, não necessariamente pela igualdade. Este trabalho conclui com indagações sobre as teias quantitativas, as linhas de montagem em que nos enredamos, em vez de ter a calma para refletir profundamente sobre os seus significados e implicações. Seríamos marionetes de um gigantesco espetáculo, de simulacro e simulação da leveza e da solidez?