“…Após a década de 1930, ainda que os títulos de Didática e outros diretamente relacionados a questões gerais de ensino tenham expressado uma preocupação relativamente inédita para o momento, pois mais atenta a questões de planejamento e uso de técnicas pedagógicas, eles não deixaram de partir de uma ideia ampla consolidada pelo escolanovismo, a de que o professor não deve ser o centro das atenções da vida escolar. As Noções de Didática Geral (1955), de Theobaldo Miranda Santos, bem como a Didática geral (1963) assinada por Onofre de Arruda Penteado Júnior e o livro de mesmo título assinado por Afro do Amaral Fontoura (1965) partilham em suas páginas da crença nos métodos ativos de ensino e em momento algum conclamam a velha "escola tradicional". A renovação do ensino tão proclamada pelo escolanovismo continuou a se fazer presente nos discursos da Didática que, neste momento, era uma das disciplinas mais importantes da Escola Normal, dividindo-se entre a chamada Didática Geral e aquela que adentrava as especificidades de cada área curricular do ensino primário e desdobra-se, por exemplo, na Didática da Matemática, da Geografia ou das Ciências (SILVA, 2018(SILVA, , 2019.…”