“…Certamente a compreensão do fenômeno estudado apresentará os achados relevantes como a distribuição de renda, áreas onde há maior impacto na saúde mental do(a)s idoso(a)s, níveis de escolaridade e outras especificidades para construir políticas públicas cotidianamente efetivas; e que digam respeito à otimização de um processo contínuo de envelhecimento, utilizando o conceito de equidade para tratar de cada comunidade de acordo com suas especificidades.Estudos realizados com o aporte teórico-metodológico das TRS apontam para as disparidades com que as diferentes comunidades foram atingidas, por exemplo, ao serem analisadas variáveis socioeconômicas que demonstram que as populações historicamente marginalizadas continuaram trabalhando para complementar sua renda, demonstrando traços da desigualdade social(Castro, Alves, & Araújo, 2020;Silva et al, 2022). Ao mesmo tempo que retomam DoBú et al (2020), quanto ao governo vigente na época incentivar negativamente o rompimento do isolamento e tratar a população idosa de forma homogênea como improdutiva (capacitismo), desconsiderando suas complexidades vividas em detrimento da máquina econômica permanecer funcionando.Os estudos de Sampaio e Reis (2022), também ancorados na TRS mostram como a população envelhecida é retratada de forma negativa pelas mídias, e como afirmaManso et al (2021) o incentivo ao bem-estar do(a) idoso(a) torna-se mais difícil devido o ageísmo/idadísmo/capacitismo, assim propagado, o que reverberou no isolamento indefinido para os(as) idosos(as) ter sido aceito pela sociedade, explicitando como o pensamento social impacta nas políticas públicas. Assim, como afirma Sampaio e Reis (2022), esses discursos reproduzem e promovem sentidos que remontam a já discutida historicidade negativa que precede a Covid-19, contribuindo para a manutenção nociva dessas ideologias que rapidamente se propagam devido à velocidade das tecnologias de comunicação atuais.CONSIDERAÇÕES FINAISCom o envelhecimento populacional e a crescente longevidade dos indivíduos, fica clara a necessidade de uma mudança no olhar em relação a essa fase do desenvolvimento humano.…”