Agricultura e mercado de trabalho: trabalhadores brasileiros livres nas fazendas de café e na construção de ferrovias em São Paulo, 1850-1890

Abstract

Resumo Este artigo examina o emprego de trabalhadores brasileiros livres em diversas atividades nas fazendas de café e na construção de ferrovias em São people, invariably presented as "indolent", "vagrant" and "lazy"; or

Os significados da “Sinfonia do café”: uma releitura da canção de Humberto Teixeira

“…Decerto, a beleza dos cafezais e do processo de colheita deve ser intensa e encantadora! No entanto, o lirismo dos versos faz esquecer as contradições do processo de exploração do trabalho humano nos cafezais, atestadas por distintos estudiosos que investigaram esse tema (Lamounier, 2007;Mendes, 2009;Tessari, 2014;Marquese, 2015).…”

Between the Worker and the Vagabond: Production of Masculinities in the History of Health in Brazil

“…On the one hand we have, since the beginning of the twentieth century and in the context of the Old Republic, Brazil going through a great economic expansion and a remarkable social transformation (Carrara, 2004), in which men became the arms of a rapidly expanding society of coffee farms and industrialization. On the other hand, we have poor men (mainly the former enslaved) occupying diverse urban and rural offi ces, often in deplorable conditions (Kodama, 2008;Lamounier, 2007;Lobo, 2008).…”

A performance humana e das plantas na ecologia do café

“…Pelas fotografias de Ferrez (MUAZE, 2017) analisamos uma imagem de nação coesa, organizada, com uma violência apaziguada inexistente à realidade de trabalho extenuante e torturas que compunham o cotidiano das pessoas escravizadas.Em uma necessidade da classe senhorial de produzir uma narrativa saudosa sobre um sistema em decadência, esta imagem veio para produzir um presente cujo os efeitos da escravidão são apagados historicamente. Já comLamounier (2007), nos aproximamos dos discursos elitistas sobre os trabalhadores livres e brasileiros serem preguiçosos e indolentes, uma falácia que não convergia com a realidade da economia no contexto do século XIX, que não produzia trabalho suficiente para empregar o contingente de pessoas em busca de trabalho "livre" nas fazendas de café e nos ramos da agricultura. Ao mesmo tempo, o grão do café servia como um estimulante, para aumentar o ritmo das cidades, das construções, das aspirações modernas de um mundo conectado, global e progressista.…”