Resumo Este artigo examina o emprego de trabalhadores brasileiros livres em diversas atividades nas fazendas de café e na construção de ferrovias em São people, invariably presented as "indolent", "vagrant" and "lazy"; or
Resumo: O presente artigo analisa comparativamente a imigração para o Brasil e Argentina entre 1870 e 1930, apresentando dados sobre o fluxo migratório e motivações que levaram os estrangeiros a escolher os dois países como destino. Para a confecção do trabalho, colhemos dados de censos, relatórios ministeriais e anuários estatísticos além da bibliografia pertinente. Os imigrantes representavam a solução para a falta de braços para as lavouras e o agente modernizador das sociedades; os fluxos migratórios estavam relacionados com o desempenho econô-mico dos dois países. No Brasil, a imigração subsidiada teve grande importância; na Argentina, prevaleceu a imigração espontânea. Palavras-chave:Imigração; Brasil; Argentina. Abstract:The present paper analyzes comparatively immigration to Brazil and Argentina between 1870 and 1930, presenting data related to the migration flow and the motivations that led foreigners to choose both countries as their destination. To the sweet of this paper, data were collected from censuses, ministerial reports and statistical yearbooks besides the pertinent bibliography. Immigrants represented the solution to the lack of arms to the harvests and the agent that would come to modernize their societies; the migration flows were related to the economic performance of both countries. In Brazil, subsided migration had great importance; in Argentina, spontaneous migration prevailed.
O presente artigo enfatiza a idéia de que o impacto das ferrovias sobre a questão da mão-de-obra não foi linear nem harmônico. Várias tensões emergem quando se confrontam as diversas análises sobre o tema. Se, por um lado, as ferrovias ajudaram a reduzir a demanda de mão-de-obra, por outro lado, elas contribuíram para aumentar a demanda de mão-de-obra, especialmente ao ampliar a fronteira agrícola, favorecendo a incorporação de novas terras para cultivo. Além disso, as ferrovias também exigiram um grande número de trabalhadores para sua construção, manutenção e operação. Da mesma forma, enquanto uma parte da literatura revela que, contribuindo para o desenvolvimento do capitalismo, as ferrovias estimulavam a transformação das relações de trabalho, uma outra argumenta o contrário. Isto é, que, ao propiciar a expansão da agricultura de exportação, as ferrovias contribuíram para fortalecer as relações escravistas e medidas coercitivas para atender às exigências do trabalho na agricultura. Este conflito foi observado por Saes. De acordo com o Autor, "se, por um lado, a ferrovia revigorou a economia escravista, pelo outro colocou alguns problemas para a sua existência". O presente texto questiona a idéia de uma identificação imediata entre ferrovias e trabalho livre. Na literatura sobre o Brazil essa associação decorre do fato da legislação existente proibir as companhias de empregar escravos na construção ou operação de ferrovias. Como veremos, há evidências demonstrando que essa regra nem sempre era seguida.Este artigo também contribui para o debate ao tratar, mais especificamente, dos trabalhadores engajados na construção das ferrovias, um tema muito pouco estudado pela historiografia. O foco se concentra nos homens que construíram as ferrovias, especialmente durante as décadas de 1850, 1860 e 1870. Os poucos estudos existentes sobre os trabalhadores nas ferrovias investigaram principalmente os empregados em atividades relacionadas com a administração, planejamento e operação das ferrovias, e se concentraram basicamente nas últimas décadas do século dezenove e começos do século vinte. Foi provavelmente por isso que a maioria enfatizou aspectos relacionados com áreas urbanas e relações capitalistas. Este estudo mostra que escravos e trabalhadores sob contrato integraram a força de trabalho na construção de ferrovias no Brasil, assim como em vários outros países. No último quartel do século XIX, os planos e políticas implementados no País buscavam promover a transformação das relações de trabalho tendo como base longos contratos de serviços e legislações repressivas, independentemente de os trabalhadores serem brasileiros, imigrantes ou ex-escravos.
O trabalho examina as relações entre a expansão cafeeira e o processo de industrialização na região de Ribeirão Preto, São Paulo, entre 1890 e 1930. O cultivo do café foi introduzido na região na década de 1870 e em 1920 o município era o segundo maior produtor do grão no estado e o sexto maior do Brasil. O fim da escravidão e o problema de suprimento de mão-de-obra que sustentasse a contínua expansão cafeeira estimularam a entrada massiva de imigrantes europeus no período. A incorporação dessa massa de trabalhadores livres assalariados modificou o cenário urbano, impulsionou a economia monetária, dinamizou os setores do comércio e serviços, contribuindo para o aumento da demanda por produtos que até então não eram produzidos ou eram escassos na região. O texto está dividido em três seções. A primeira analisa a contribuição da expansão cafeeira, da rede ferroviária e da imigração para o crescimento da população e das atividades urbanas em Ribeirão Preto. A segunda seção examina a evolução das atividades industriais no município no período. A terceira seção analisa os principais ramos industriais e a atuação dos empresários locais.
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