2012
DOI: 10.29182/hehe.v3i1.124
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Ferrovias agricultura de exportação e mão de obra no Brasil no século XIX

Abstract: O presente artigo enfatiza a idéia de que o impacto das ferrovias sobre a questão da mão-de-obra não foi linear nem harmônico. Várias tensões emergem quando se confrontam as diversas análises sobre o tema. Se, por um lado, as ferrovias ajudaram a reduzir a demanda de mão-de-obra, por outro lado, elas contribuíram para aumentar a demanda de mão-de-obra, especialmente ao ampliar a fronteira agrícola, favorecendo a incorporação de novas terras para cultivo. Além disso, as ferrovias também exigiram um grande númer… Show more

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“…A fixação de mão de obra europeia que ali chegou empregada na construção de estradas de ferro foi primaz para a formação de uma classe assalariada urbana e livre. São relevantes as experiências modernas assistidas em Juiz de Fora -que se tornou a primeira cidade industrial de Minas Gerais ("A Manchester Mineira") -tais como a instalação de diversas fábricas, bancos, sistema de bondes, fornecimento de energia hidrelétrica, entre outros, viabilizados diretamente pelo ambiente propício aos investimentos, sobretudo pelo novo perfil de consumo que se firmava e indiretamente pela presença maciça de capitais oriundos da cafeicultura regional (Singer, 1974;Lamounier, 2000;Pires, 2004;De Paula, 2006;Saraiva, 2008;Dulci, 2013;Lamounier, 2013).…”
Section: Século Xix: a Articulação Das Elites Mineiras Em Prol Do Prounclassified
“…A fixação de mão de obra europeia que ali chegou empregada na construção de estradas de ferro foi primaz para a formação de uma classe assalariada urbana e livre. São relevantes as experiências modernas assistidas em Juiz de Fora -que se tornou a primeira cidade industrial de Minas Gerais ("A Manchester Mineira") -tais como a instalação de diversas fábricas, bancos, sistema de bondes, fornecimento de energia hidrelétrica, entre outros, viabilizados diretamente pelo ambiente propício aos investimentos, sobretudo pelo novo perfil de consumo que se firmava e indiretamente pela presença maciça de capitais oriundos da cafeicultura regional (Singer, 1974;Lamounier, 2000;Pires, 2004;De Paula, 2006;Saraiva, 2008;Dulci, 2013;Lamounier, 2013).…”
Section: Século Xix: a Articulação Das Elites Mineiras Em Prol Do Prounclassified
“…32 Com novos enfoques, algumas pesquisas dedicam-se à constituição e "modernização" do mercado de trabalho brasileiro, a relação entre trabalho assalariado livre e escravo, merecendo destaque o importante trabalho de Maria Lúcia Lamounier. 33 Alguns ainda problematizam a sociabilidade dentro e fora do espaço de trabalho, analisando a convivência nas oficinas ferroviárias, os trabalhadores negros, além dos mecanismos de subversão e diversão, como o futebol, além das narrativas, da memória e de como esses trabalhadores compreendiam a sociedade em que viviam. 34 Podemos também destacar a mudança no referencial teórico/metodológico na pesquisa de Márcia Espig, que vale-se da micro-história para analisar os chamados "turmeiros" da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande durante o mesmo período do conflito do Contestado.…”
Section: áReas E Instituiçõesunclassified
“…Mostrou que esses ajustes de trabalho com mão de obra livre local eram mais frequentes do que, em geral, a historiografia costuma registrar. Lamounier (2000) mostrou que os trabalhos da construção das estradas de ferro paulistas sofriam da escassez de trabalhadores na época de colheita do café, após a qual a oferta de trabalhadores para a construção se normalizava ou era até abundante. Dessa maneira, comprovou que os trabalhadores, já naquela época, iam e vinham de uma atividade à outra e, o que para nós é o mais importante, que eles estavam nas grandes fazendas nos momentos de pico de trabalho.…”
Section: A Rigidez Da Mão De Obraunclassified