Na história do Brasil tem sido recorrente a inviabilização do regime familiar autônomo de produção rural. E a reprodução da pobreza, do subemprego e do subdesenvolvimento está intimamente conectada com isso. Entre as circunstâncias particulares que marcaram (e ainda marcam) o desenvolvimento capitalista brasileiro, poucas foram tão centrais e decisivas quanto aquelas que sistematicamente inviabilizaram a agricultura familiar. Nosso objetivo, neste artigo, é expor essas circunstâncias, que tornaram economicamente inviável a agricultura familiar, e analisar como essa inviabilidade contribuiu para a reprodução do subemprego estrutural e, consequentemente, do subdesenvolvimento.