A promoção de saúde bucal deve estar inserida num conceito amplo, desde o nascimento a idade adulta, transcendendo a dimensão meramente técnica odontológica, integrando a cavidade bucal às demais práticas de saúde coletiva. O aleitamento materno desperta interesse no planejamento de políticas e projetos em saúde pública e motivado o desenvolvimento de pesquisas, visando um diagnóstico da situação, na perspectiva de elaborar intervenções para ampliar a prática da amamentação. No entanto, a relação entre a amamentação e alterações orais não é tão difundida à sociedade. Dessa forma, a compreensão sobre a associação entre o aleitamento e suas implicações orais torna-se uma razão a mais para ênfase na orientação das mães quanto à importância em respeitarem o período de amamentação natural como meio de prevenção para a saúde oral e integral da criança. Além de fundamental para a construção de estratégias que visem informar às mulheres sobre os benefícios odontológicos dessa prática. O objetivo deste trabalho foi revisar as principais implicações orais advindas de uma prática inadequada do aleitamento materno. Serão abordadas a importância da sucção para o desenvolvimento infantil, os hábitos de sucção não nutritivos, a maloclusão, a cárie dentária e o uso da mamadeira. Não restam dúvidas de que a saúde pública, ao investir em campanhas de incentivo ao aleitamento materno e conseguindo adesão das mães, estará prevenindo não só uma série de problemas orais, mas também reduzindo custos com tratamento dessas doenças/agravos à saúde bucal. Além de contribuir decisivamente para a melhor qualidade de vida dos indivíduos.