“…Estudos anteriores sobre essas organizações periféricas e seus agentes, em todo o Brasil, nos dão pistas sobre as práticas organizativas dos coletivos culturais, afirmando, por exemplo, que às vezes eles podem: tentar burlar sistemas impostos por grandes instituições, resistindo à ordem das coisas (ver Gouvêa & Ichikawa, 2015;Martins, 2010;Rodrigues & Ichikawa, 2015); basear-se na apropriação e resistência à gestão mainstream (ver Holanda, 2011); ganhar força ou não por meio de programas públicos, como o "Cultura Viva", que pressupõe práticas diferenciadas (ver Lira, 2011); desorganizar para organizar (ver Tureta, 2011); ser definida por relações de afeto e poder, este último fortemente carregado de princípios de classe, gênero e etnia (ver Figueiredo, 2013(ver Figueiredo, , 2015Figueiredo & Cavedon, 2015); ser reproduzido em outros espaços físicos, "dialogando" com outras práticas (ver Flores-Pereira, Davel, & Cavedon, 2008).…”