O presente artigo tem como objetivo identificar, por meio da literatura acerca do tema, como o conceito sobre o empreendedorismo vem sendo utilizado pelos autores ao longo do tempo. Assim, por meio de uma pesquisa bibliográfica, buscou-se apontar os principais estudos desenvolvidos, onde levantou-se as definições de empreendedorismo de uma maneira cronológica com o intuito de identificar as abordagens do conceito. Assim, considerou-se as eras sobre o empreendedorismo e o indivíduo empreendedor de acordo com os conceitos Econômicos, das Ciências Sociais e dos Estudos Gerenciais. Verificou-se que a existência do indivíduo empreendedor é de longa data e trouxe contribuições significativas para a sociedade ao longo do tempo. No entanto, o seu estudo como campo de pesquisa é relativamente novo e vem se consolidando como componente multidisciplinar em virtude das diferentes raízes intelectuais das reflexões sobre empreendedor.
Com base nos conceitos de Certeau (2000), Heller (2000) e Lefebvre (1991), este estudo buscou compreender de que maneira os indivíduos se posicionam em seu cotidiano para romperem com os processos de alienação. A partir de uma pesquisa qualitativa, foi realizada a coleta dos dados em uma feira de pequenos produtores gerenciada pelo sistema cooperativo. A análise fundamentou-se nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa. Os resultados permitiram a compreensão de que, mesmo no ambiente cooperativo, o discurso capitalista é hegemônico e determina o posicionamento dos indivíduos. Assim, a perspectiva coletiva é relegada a segundo plano, em detrimento do crescimento individual.
As organizações são espaços historicamente marcados pela questão racial, ainda que não de maneira explícita. Se formalmente as organizações são discursivamente construídas como espaços neutros, nos quais as diferenças não importam, uma vez que a chamada cultura organizacional é que determinaria as condutas dos sujeitos neste espaço, objetivamente o que temos difere significativamente disso. As organizações reproduzem a sociedade que, no Brasil, é estruturada a partir de critérios raciais. Desta forma, os espaços organizacionais são demarcados a partir da raça. Não por acaso as pessoas negras recebem os menores salários e são também minoria no alto escalão das organizações. No entanto, neste texto buscamos uma inversão nos estudos tidos como tradicionais no que diz respeito às questões raciais e objetivamos refletir como a branquitude historicamente se construiu como o ideal a ser seguido, mantendo um sistema de privilégios que acompanha os sujeitos brancos até os dias de hoje. Pudemos perceber que na Administração os estudos a respeito da temática são ainda incipientes, no entanto, necessários e urgentes.
O presente estudo tem por objetivo compreender, como se deu e se mantém a construção social que indica, ainda que por vezes sutilmente, o lugar das mulheres e da mulher negra no contexto do trabalho. Nosso embasamento teórico aborda o questionamento da universalidade da identidade feminina tendo por apoio o conceito de identidades contingentes. Questionar essa universalidade é pertinente, uma vez que o posicionamento social da mulher é diferenciado quando se interseccionam, além do gênero, raça e classe. Nosso corpo teórico também apresenta reflexões acerca do caráter histórico de marginalidade e exclusão da mulher negra brasileira no mundo do trabalho. Através da revisão bibliográfica e análise de dados secundários foi possível verificar que a segmentação histórica de grupos construídos como dominantes e dominados gera diferenças significativas entre os sujeitos que compõem tais grupos. Falar de gênero é perceber que as mulheres foram historicamente construídas como grupo minoritário e ainda hoje ocupam posições inferiores e, quando nos mesmos cargos, seus rendimentos são significativamente menores do que os dos homens. A situação se acentua ainda mais quando se trata da mulher negra, via de regra relegada a espaços de maior subalternidade, mas que ainda assim resiste no sentido de buscar outros espaços. Como no Brasil ainda há um mecanismo social de exclusão, como o racismo, mulheres brancas e negras ocupam espaços diferenciados, vivem em mundos diferentes. Embora seja válido ressaltar que, conforme mostram os dados secundários do nosso ensaio, tal mecanismo de exclusão não operou ou opera apenas no que diz respeito à construção do mercado de trabalho ou ao campo empresarial, mas reflete uma fratura macro contextual que representa o abismo social ainda existente entre mulheres brancas e negras em particular e entre brancos e negros, em geral, na própria sociedade brasileira.
As organizações são espaços historicamente marcados pela questão racial, ainda que não de maneira explícita. Se formalmente as organizações são discursivamente construídas como espaços neutros, nos quais as diferenças não importam, uma vez que a chamada cultura organizacional é que determinaria as condutas dos sujeitos neste espaço, objetivamente o que temos difere significativamente disso. As organizações reproduzem a sociedade que, no Brasil, é estruturada a partir de critérios raciais. Desta forma, os espaços organizacionais são demarcados a partir da raça. Não por acaso as pessoas negras recebem os menores salários e são também minoria no alto escalão das organizações. No entanto, neste texto buscamos uma inversão nos estudos tidos como tradicionais no que diz respeito às questões raciais e objetivamos refletir como a branquitude historicamente se construiu como o ideal a ser seguido, mantendo um sistema de privilégios que acompanha os sujeitos brancos até os dias de hoje. Pudemos perceber que na Administração os estudos a respeito da temática são ainda incipientes, no entanto, necessários e urgentes.
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