Objetivando compreender a relação entre gênero e a identificação dos (das) estudantes com indicadores de Altas Habiliddes/Superdotação (AH/SD), o presente artigo traz algumas reflexões teóricas sobre as AH/SD, a cultura de gênero e a identificação de alunas com AH/SD, no Ensino Fundamental, bem como a necessidade de formação inicial e/ou continuada para professores. Para realização da pesquisa optamos por realizar uma revisão bibliográfica sobre as pesquisas realizadas na área. O tema analisa as obras de Gardner (1995), Alencar e Fleith (2001), Renzulli (2004, 2014), Auad (2006), Muñoz e Guerreiro (2006), Freitas e Pérez (2012, 2016), buscando entender a relação entre a identificação das AH/SD e a questão de gênero no contexto escolar. Os resultados encontrados apontam para um discurso de gênero estereotipado, onde meninos e meninas possuem papeis bem definidos e, por consequência, as meninas com AH/SD continuam cada vez mais invisíveis em suas potencialidades e habilidades. A formação de professores nesta área é urgente e mais que necessária para que haja abertura de oportunidades para as meninas com AH/SD.
Palavras-chave: Altas habilidades, Superdotação, Gênero, Identificação.