O envelhecimento fisiológico é linear e não obrigatoriamente igual em todos os sistemas do corpo humano, cada um inicia seu envelhecimento a um dado momento e perde a função em seu próprio ritmo. O objetivo deste estudo é analisar as intercorrências da capacidade funcional e função cognitiva de idosos. Trata-se de um estudo transversal de base populacional em Manaus (AM), Brasil, com 556 participantes, com sessenta anos ou mais. Os dados foram coletados por meio de inquérito domiciliar, com o auxílio de três instrumentos: o primeiro, questões referentes aos dados sociodemográficos; o segundo, o índice de Katz avaliando a independência em seis atividades; e o terceiro, o miniexame do estado mental (Meem), para avaliar a capacidade cognitiva. Os resultados apontaram uma prevalência de declínio cognitivo de 3,42% (n = 19). A média de pontuação no Meem foi de 19,3 pontos, e a média de idade dos idosos, de 66,5 anos. Com base na análise do índice de Katz, 88,67% (n = 493) foram classificados como independentes, segundo os critérios para AVD. Concluiu-se que há correlação entre função cognitiva e capacidade funcional na população estudada, de forma linear. Sendo assim, à medida que a capacidade cognitiva do indivíduo declina, concomitantemente também diminui sua capacidade funcional, com repercussões significativas na qualidade de vida.
Palavras-chave: Cognição. Atividades cotidianas. Idoso. Capacidade funcional. Saúde pública.