Alterações auditivas e vestibulares associadas ao uso da mefloquina: uma revisão integrativa

Abstract

RESUMO Objetivo descrever, por meio de revisão da literatura, alterações auditivas e/ou vestibulares relacionadas ao uso em curto ou em longo prazo da mefloquina. Estratégia de pesquisa trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas seguintes bases de dados: PubMed, Web of Science, SciELO, LILACS, Scopus, ScienceDirect, Cochrane Library, Embase, OpenGrey, DissOnline e OAlster. Critérios de seleção foram incluídos estudos com participantes a partir de 18 anos de idade, que fizeram uso de mefloquina e que foram submetidos à avaliação auditiva e/ou questionário referente à função auditiva e vestibular. Foram excluídas revisões de literatura, capítulos de livros e estudos que utilizaram a mefloquina combinada a outros medicamentos. Resultados foram identificados 1.267 estudos nas bases de dados utilizadas, sendo selecionados 28 artigos para leitura completa. Destes, 12 foram incluídos na revisão, de acordo com os critérios de elegibilidade. Quatro artigos apontaram a presença de alterações vestibulares e auditivas, 2 indicaram apenas alterações auditivas e 6 apenas desordens vestibulares. No que se refere às manifestações auditivas, zumbido e perda auditiva foram os sintomas mais frequentes. Vertigem/tontura e desequilíbrio corresponderam às alterações vestibulares comumente apresentadas. Conclusão manifestações auditivas e vestibulares foram referidas em curto e longo prazo, após o tratamento com a droga. A descontinuação de seu uso possibilitou a reversão das manifestações, porém, em alguns casos, foi observada a permanência das afecções. Considera-se importante a realização de acompanhamento audiológico e vestibular durante a ingestão da mefloquina, visto o seu perfil de toxicidade e possíveis manifestações colaterais de caráter auditivo e vestibular.

Evaluating the impact of COVID-19 on vertigo and hearing impairment: A post-recovery analysis

“…[7,8] Reports of auditory symptoms such as tinnitus, hearing loss, and vertigo in patients with COVID-19 have been increasingly documented, sparking scientific interest in understanding the relationship between the virus and these sensory systems. [9] The auditory and vestibular symptoms associated with COVID-19 present a new dimension to the disease's complexity and pose unique challenges in clinical management. [10][11][12] Vertigo, frequently characterized as a perceptual phenomenon of rotation or motion, represents a symptomatic manifestation that can markedly impair an individual's life quality.…”

Mefloquine-Induced Inner Ear Damage and Preventive Effects of Electrical Stimulation: An Electrophysiological Study

“…Considering the long half-life of this antimalarial agent, it can be administered weekly for both treatment and prevention [Dow et al, 2006]. Nevertheless, MQ has some side effects, such as ototoxic and neurotoxic effects [Dow et al, 2006;Ding et al, 2020;Cabral et al, 2021]. In this regard, there are some reports on the destructive effects of MQ on hair cells, spiral ganglion cells, and vestibular tissue of the inner ear [Ding et al, 2009;Yu et al, 2011].…”