A solução ARLA 32 contém 32,5% de ureia de elevada pureza e 67,5% de água desmineralizada e fornece amônia ao sistema SCR para a redução das emissões de NOx. Com o crescimento desse mercado no país surgiram alterações na sua qualidade que podem comprometer as emissões de NOx e a durabilidade do SCR. Entre exemplos de alterações de qualidade foram relatados produtos com excesso de água, uso de água potável e também o uso de ureia fertilizante ou industrial. Estas formulações, de forma geral, não atendem a especificação do ARLA 32, IN-nº 23 de 11 de julho de 2009 do IBAMA. As formulações preparadas para esse trabalho incluem o uso de água potável comum, ureia fertilizante e ureia industrial, que simulam algumas das alterações de qualidade do mercado. Esse artigo apresenta resultados das emissões de NOx em um motor CONAMA P7 com SCR em banco de provas de motor e o impacto no sistema de injeção de ARLA 32do uso dessas formulações. No artigo também são apresentados resultados de emissões de NOx, com o uso de um sistema de medição embarcado, em um caminhão CONAMA P7 equipado com SCR na configuração original e com o uso de dispositivo emulador ("chip"), que inibe a injeção de ARLA 32.
INTRODUÇÃOCom a entrada em vigor da fase CONAMA P7 do PROCONVE, em 2012, exigindo novos limites de emissões para veículos pesados, em especial NOx e material particulado (MP), se tornou necessário um grande avanço na tecnologia de motores a diesel [1]. Foram definidas então duas rotas tecnológicas principais: o EGR (Exhaust Gas Recirculation) e o SCR (Selective Catalyst Reduction -catalisador redutor de NOx).No caso da tecnologia EGR, uma parte dos gases de escapamento é redirecionada para a admissão, passando por uma válvula de controle e por um resfriador. Com isso, o gás de escape é reintroduzido na câmara de combustão de forma controlada para reduzir a quantidade de oxigênio e a temperatura da combustão, reduzindo as emissões de NOx.