RESUMO:Diante da influência da porcentagem de cerne da madeira nos processos e produtos industriais, o objetivo do trabalho foi avaliar a produção de cerne em dez clones comercias de eucalipto aos três anos conduzida sob os manejos de alto fuste e talhadia. Foram analisadas seis árvores do alto fuste e seis árvores da talhadia (três com um fuste e três com dois fustes) de dez clones comerciais de Eucalyptus coletadas no município de Itatinga, São Paulo, Brasil. A porcentagem de cerne foi determinada a partir da amostragem base-topo (0%, DAP, 50% e 100%) da altura comercial. Quando comparamos o alto fuste para os clones que a talhadia com 01 fuste foi superior os valores da média de porcentagem cerne variaram de 3,13 a 9,49 %, quando comparada a talhadia com 02 fustes os valores variaram de 2,25 a 8,38%, portanto a talhadia foi superior em valores absolutos para oito dos dez clones e a talhadia apresentou a maior amplitude de variação devido ao seu desenvolvimento heterogêneo e disputa por recurso.Palavras-chave: Qualidade da Madeira, Talhadia, Alto fuste.
IntroduçãoAs culturas do eucalipto são manejadas predominantemente por dois sistemas, alto fuste e talhadia. O alto fuste baseia-se no replantio da área com mudas ou sementes, substituindo o plantio anterior, enquanto que a talhadia é a condução das brotações que surgem nas cepas das árvores já colhidas, que por sua vez irão iniciar um novo ciclo florestal (Alves et al., 2018;Gonçalves et al., 2014).A produção de cerne na madeira é influenciada por diversos fatores, dentre eles, a idade e o manejo empregado, por exemplo em árvores mais velhas apresentarem mais cerne pela redução da atividade das células de condução do alburno, tornando-se cerne, assim modificando suas características e funções na árvore (Evangelista, 2007).Já o tipo de manejo empregado, como a talhadia, tendem a apresentar maior diâmetro e porcentagem de cerne, quando comparadas as madeiras provenientes de sistema de alto fuste devido a maior taxa de crescimento inicial e desenvolvimento da árvore (Valle et al., 2013).