Análise comparativa do perfil epidemiológico do câncer de pele não-melanoma no Brasil, Nordeste e Maranhão, no período 2015-2019

Abstract

O acúmulo de mutações que resulta no crescimento desordenado de células é denominado câncer. Tal doença atinge milhares de pessoas no mundo e seu principal tipo é o de pele de origem não melanocítica, que inclui os carcionomas basocelular e espinocelular. Seu principal fator de risco é a exposição aos raios solares de forma desprotegida. Assim, sendo o Brasil um país de clima majoritariamente tropical, recebe uma quantidade de radiação significativa, tornando seus residentes mais suscetíveis aos danos de uma fotoexposição prolongada, principalmente na região nordeste. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise epidemiológica dos últimos cinco anos no Maranhão, no Nordeste e no Brasil sobre o câncer de pele não-melanoma, através de estudo observacional analítico transversal, quali-quantitativo, sendo que foram coletados dados do painel de oncologia disponível no DATASUS no período de 2015 a 2019. Os resultados demonstraram que o câncer de pele é o mais incidente e prevalente no Brasil, principalmente na população igual e maior que 70 anos, sendo o Rio Grande do Sul o estado mais acometido do Brasil e o Rio Grande do Norte, o do Nordeste. É mais prevalente na população feminina. A campanha de saúde “Dezembro Laranja” é hoje a principal estratégia de prevenção ao câncer de pele no Brasil.

Tendências da mortalidade por Câncer de Pele e melanoma segundo raça/cor, Brasil, 2011-2020

“…O presente estudo identificou que a região Nordeste apresentou maior taxa de crescimento da mortalidade por câncer de pele. Um estudo ecológico realizado no nordeste, entre 2015-2019 também identificou um padrão de crescimento das mortes (VICTOR et al, 2021). Este padrão de crescimento nesta região pode ser explicado por vários fatores.…”

Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes brasileiros com câncer: um estudo no Brasil, no ano de 2020, por meio do DATASUS

“…Região Nordeste também apresenta índices altos de incidência neoplásica, os postuladosde Victor et al, (2021) alvitram que as condições climáticas litorâneas marcantes no Nordeste, clima equatorial, podem ser facilitadores no processo de desenvolvimento de neoplasias, sobretudo, o melanoma, desencadeada pela forte exposição solar da população. Diante disso, "é essencial destacar que a tal região apresenta em sua climatologia radiação UV do tipo eritêmica ou biologicamente ativa com valores considerados altos.…”

“…Diante disso, "é essencial destacar que a tal região apresenta em sua climatologia radiação UV do tipo eritêmica ou biologicamente ativa com valores considerados altos. "Victor et al, (2021) analisaram o diagnóstico de câncer no Brasil, e na Região Nordeste apontaram para 313.360 mil casos de neoplasias.Continuando,Pinto et al, (2022, p. 55) examinaram o prontuário de crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, diagnosticados com tumores no Sistema Nervoso Central, cadastrados em hospitais na região Nordeste, no período síncrono de 2010 a 2016. O total de casos encontrados porPinto et al, (2022) foram 1.124, onde desse total a predominância foi na "Bahia (24,8%) e Pernambuco (20,8%)."…”