Introdução: O uso de produtos fumígenos derivados do tabaco é uma doença crônica não transmissível e uma das maiores mazelas mundiais em saúde pública. A atuação da Atenção Primária à Saúde na longitudinalidade do cuidado favorece o acolhimento dos tabagistas, sensibilização e aconselhamento para abandono deste hábito. Objetivos: Analisar as taxas de abandono do hábito de fumar dentre os participantes do programa de combate ao tabagismo em um município da região metropolitana do Rio Grande do Sul. Métodos: Trata-se de um corte transversal, retrospectivo, com análise dos registros de prontuários dos grupos no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2021. Resultados: Foram realizados 17 grupos, com 119 fumantes, com mais mulheres e média de idade de 52,5±9,87 anos. O uso de farmacoterapia (RC: 15,81; IC95% 4,73-52,89), homens (RC 1,62; IC95% 0,68-3,90), estar presente em mais de quatro sessões (RC: 44,50 IC95% 13,35-148,27) indivíduos com comorbidades do grupo cardiopatias (RC: 1,54; IC95% 0,67-3,75) apresentaram maiores chances de abandono do tabagismo. Conclusões: Encontrou-se que 66,9% dos participantes deixaram de fumar até o quarto encontro. A taxa de abandono do hábito de fumar foi superior nos participantes que, comparecem há mais de quatro encontros, tiveram moderado grau de dependência à nicotina, fumavam menos de um maço por dia, iniciaram a fumar jovens e apresentavam mais de 60 anos.