Análise De Fatores Climáticos E Doenças Do Aparelho Circulatório Para Diferentes Localidades Do Estado Do Paraná

Abstract

O clima é o principal fator ambiental e tem formas diretas e indiretas de influenciar nas condições de saúde e bem estar humano. Os idosos apresentam maior vulnerabilidade em relação ao clima e as variações climáticas são sentidas mais intensamente nessa a faixa de idade. Os idosos têm mais chance de desenvolver patologias, como as doenças cardiovasculares, considerando-se que com o avançar dos anos o sistema cardiovascular passa por alterações. Este trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre a morbidade e a mortalidade de idosos pelas doenças do aparelho cardiovascular (DAC) e variáveis climáticas, em sete municípios. Os dados epidemiológicos foram analisados em formato de taxa de internação e coeficiente de mortalidade juntamente com os dados climáticos pelo teste de Coeficiente de Correlação de Pearson e por Regressão Linear Múltipla. Os testes estatísticos apontaram que a variável climática que mais influencia nas internações e óbitos por DAC é a temperatura do ar, e ainda mostraram uma relação mais evidente entre as variáveis climáticas e os óbitos por DAC. Conclui-se assim que a temperatura do ar colabora para retirar o sistema cardiovascular de sua homeostasia e com isso provocar a ocorrência de patologias. Ainda constata-se que o clima atua de forma individualizada nas internações por DAC em cada município, não demonstrando um padrão especifico ou sazonal para as setes localidades. Os óbitos por DAC, entretanto apresentam um padrão de aumento nos meses mais frios (junho, julho, agosto) nas sete localidades.

Ondas de calor e a mortalidade de idosos por doenças respiratórias e cardiovasculares nas capitais dos estados brasileiros: Uma análise no presente (1996-2016) e projeções para o futuro próximo (2030-2050) e futuro distante (2079-2099) em diferentes

“…Rio de Janeiro é a única capital pertencente a região Sudeste, onde as projeções mostraram magnitude média acima de A maioria das correlações encontradas não foram significativas estatisticamente e as que foram significativas (em negrito na Tabela 8.1) mostraram correlações muito baixas. Galvão et al (2017) e Cavalcante e Moura (2016) encontraram resultados semelhantes para cidades brasileiras, onde as cidades apresentaram correlações baixas e muitas vezes não significativas entre mortalidades e morbidades por DCV e DRSP e fatores climáticos. As correlações baixas podem ocorrer, pois as variáveis meteorológicas e mortalidade muitas vezes possuem associações com defasagem no tempo, assim como sofrem influência de tendências, sazonalidade e dias da semana (TADANO et al, 2009).…”

“…Apesar das diferenças serem pequenas, a porcentagem de óbitos mostrou-se mais elevada durante os períodos frios (seis meses menos quentes do ano) do que durante os períodos quentes (seis meses mais quentes do ano) em quase todas as capitais brasileiras para ambas as doenças. Estes resultados corroboram com outros estudos realizados no Brasil que mostram que a taxa de mortalidade de idosos por doenças cardiovasculares e respiratórias são mais elevadas durante baixas temperaturas (SHAROVSKY et al, 2004;GALVÃO et al, 2017;FERREIRA et al, 2019).…”