ResumoO presente estudo objetivou analisar a produção científica brasileira da área de orientação profissional no período compreendido entre a década de 50 até o ano de 2005. Para tanto, procedeu-se à busca bibliográfica nas bases de dados eletrônicas BVS e IndexPsi em fevereiro de 2006, utilizando- From this search, references and abstracts were extracted, from those that offered it. The results revealed that there were a increasing in the production since 1990 decade and that the works studied about theoretical review and the quality of assessment instruments. Among the most used evaluation strategies were found the interviews and other and the interests tests. Keywords: Psychological assessment; Psychological tests; Interests tests.
IntroduçãoA prática profissional pode ser considerada como uma das atividades de maior importância na vida de um indivíduo adulto, sendo que é na adolescência, fase na qual se intensificam as dúvidas a respeito do futuro, que os interesses profissionais começam a evidenciar-se, tendendo a se resolver até o início da vida adulta (Leitão & Miguel, 2004). Nesse processo de escolha profissional, questões como identificações, aptidões, situações familiares e perspectivas para o futuro são importantes elementos de investigação (Primi, Casellato & Moggi, 2005).Sob essa perspectiva, a Psicologia oferece seus instrumentos, visando proporcionar reflexão e autoconhecimento por meio da Orientação Profissional (OP). Para Bock e colaboradores (1995) a função do psicólo-go é promover a saúde, e de alguma forma, o trabalho de OP pretende atingir tal objetivo, já que leva o sujeito a se conhecer, no sentido de possibilitar uma escolha mais lúcida, madura, ajustada e de acordo com as habilidades de cada indivíduo. Ao lado disso, segundo Anastasi e Urbina (2000), os inventários de interesses profissionais têm sido usados também para familiarizar o indivíduo com as opções adequadas de ocupações, com as quais não teria contato de outra forma.Apesar da visão clínico-escolar que parece acompanhar seu desenvolvimento (Angelini, 1954;Ribeiro & Bessa, 1960; Aguiar & cols., 1978; Kessler & cols., 1983;Oliveira, 1995), o campo de ação da OP excede esses limites e se projeta para um lugar de destaque no âmbito da psicologia organizacional, como afirmam Anastasi e Urbina (2000). As autoras enfatizam que os testes são comumente usados nesses contextos como auxílio nas decisões ocupacionais relativas à seleção e à classificação de pessoal. Assim, vários trabalhos brasileiros fazem alusão ao desenvolvimento do uso de instrumentos de OP em empresas ou em cursos profissionalizantes. Na década de 50, Barioni e Jorge (1952) já relatavam o uso de diversos instrumentos no Departamento Regional de São Paulo do SENAC, visando uma melhor adaptação dos menores que se formavam em 1 Endereço para correspondência: