Hospitais Universitários são ambientes vinculados a Instituições de Ensino Superior onde são desempenhadas atividades de ensino, pesquisa e assistência. Em função do seu perfil misto para pacientes, que demandam esquemas farmacoterapêuticos diversos, configuram ambiente propício à ocorrência de Interações Medicamentosas, contexto que demanda um processo de cuidado em saúde pautado pela lógica multiprofissional. As atuais revisões sistemáticas da literatura acerca de interações medicamentosas e ambientes hospitalares não abordam aspectos de natureza qualitativa relacionados ao perfil de profissionais envolvidos e a relevância para outras áreas de atuação, objetivo do presente estudo. Conduziu-se uma revisão sistemática baseada na estratégia SPIDER de busca em quatro bancos de dados mediante emprego de nove descritores e operadores booleanos que deveriam compor a seção título de manuscritos disponíveis integralmente em português ou inglês e realizados em hospitais universitários brasileiros. Dezessete citações compõem a amostra final, sendo nove artigos, três dissertações, duas teses e três trabalhos de conclusão de curso. Houve prevalência para estudos realizados por profissionais farmacêuticos, seguido de enfermeiros e médicos. Parcela expressiva dos estudos apresentou baixa qualidade e relevância para outros profissionais, sendo realizados majoritariamente por apenas um tipo de profissional. Foram identificados poucos estudos publicados envolvendo a temática, considerando-se o quantitativo de Hospitais Universitários brasileiros existentes e o período temporal considerado. Estratégias evidenciadas e relacionadas ao enfrentamento da problemática residem em aspectos relacionados ao paciente, ao estabelecimento e aos profissionais, de modo a assegurar a detecção, redução ou eliminação de esquemas terapêuticos potencialmente interativos por parte dos profissionais que os prescrevem, dispensam, preparam e administram.