Análise de processo hierárquico para gerir as estradas florestais

Abstract

Este trabalho teve como objetivo hierarquizar os defeitos mais importantes encontrados em duas empresas do setor de estradas florestais, localizadas nos estados de Minas Gerais e Bahia, onde foram aplicados questionários a engenheiros e professores que atuam nesta área. Por meio destes questionários, foram coletados dados sobre quantidade e severidade de sete defeitos -seção transversal inadequada, drenagem lateral imprópria, corrugação, excesso de poeira, buracos, trilha de roda e perda de agregados -, que foram analisados pelo método objetivo denominado Índice de Condição de Rodovias Não Pavimentadas (ICRNP). Com o intuito de garantir uma maior precisão para realizar inferência sobre os defeitos, utilizaram-se as Redes Neurais Artificiais (RNA's), listando, assim, por ordem de importância, os problemas mais graves que tornam a malha viária intrafegável. Os resultados mostram que 33% dos trechos analisados necessitam de maior urgência para a realização de manutenção, atingindo a classificação de muito pobre, o que pode causar empecilhos aos usuários desta estrada. Seção transversal inadequada e drenagem lateral imprópria foram os defeitos mais encontrados nas estradas.

O Transporte Rodoviário Florestal

“…Os estudos de tempos e movimentados são empregados no transporte rodoviário florestal para caracterizar as subatividades e conhecer a porcentagem de tempo que cada uma ocupa no ciclo total, como analisados por LACOWICZ et al, 2002;NURMINEN & HEINONEN, 2007;HOLZLEITNER & KAZNIAN, 2011;e ALVES et al, 2013. • Para minimizar os custos de transporte no Planalto Norte catarinense as porcentagens de tempo do ciclo de transporte foi de 34,1% de viagem carregado e 25,7% de viagem vazio (LACOWICZ et al, 2002 (ALVES et al, 2013).…”

“…A melhor máquina utilizada para carga e descarga é dependente do comprimento das toras manipuladas e densidade, fator de empilhamento da espécie, especificações da grua, volume do feixe, eficiência operacional e disponibilidade mecânica e disponibilidade de veículos para transporte (MINETTE et al, 2008). A porcentagem de tempo destinada ao carregamento e ao descarregamento foi analisada por LACOWICZ et al (2002), NURMINEN & HEINONEN (2007)…”

“…As estradas com padrões inferiores refletem na utilização dos veículos extrapesados com elevados custos de manutenção da frota e sazonalidade de operações (MALINOVSKI & PERDONCINI, 1990). Para a região de Minas Gerais os principais defeitos das estradas eram quanto a secção transversal inadequada e drenagem lateral imprópria, originado 67,5% de estradas com algum tipo de não conformidades (OLIVEIRA et al 2013a;OLIVEIRA et al 2013b).…”

Densidade de estradas florestais em propriedades rurais

“…Diante do exposto, a busca por técnicas que respondam de maneira eficaz aos defeitos nas estradas florestais e que visam melhorar a trafegabilidade da malha viária é crescente, com foco na redução dos custos. As pesquisas neste âmbito se intensificam, buscando encontrar soluções para o setor florestal (OLIVEIRA et al,2013).…”

Manejo Integrado da Vegetação (MIV) em áreas de linhas de transmissão de energia elétrica (LTEE) e seu potencial impacto no solo: revisão de literatura

“…A remoção da vegetação nas LTEE pode resultar em acidificação do solo, uma vez que qualquer material vegetal é muito rico em bases(CAMARGOS, 2005). Além disso, em trabalho publicado porOliveira & Zaú (1998), os autores abordam os impactos diretos da operação das LTEE, resumindo-os em dois aspectos básicos, quais sejam: nos impactos diretos do desmatamento propriamente dito, que se configura na destruição da flora e da fauna na faixa de servidão e no efeito indireto deste, o chamado efeito de borda, sobre as áreas de mata adjacentes.Figura 10 -Abordagem da zona de borda e do corredor de passagem dos linhões de energia elétrica. Fonte: Adaptado de Yahner et al, 2010.Com a ausência da cobertura vegetal as chuvas auxiliam no desprendimento das partículas do solo, favorecendo o carregamento do material superficial, podendo provocar pequenas ravinas que poderão evoluir para sulcos e até voçorocas, prejudicando assim a própria infraestrutura do empreendimento gerando impacto em grande escala (SILVA & BRITO, 2014).…”