Barragens de rejeito de minério são projetadas para conter e acumular substâncias líquidas e sólidos provenientes dos processos de beneficiamento de minério. Cerca de 49% das causas de rompimento de barragem nos últimos cem anos ocorrem devido à falhas (gerenciamento e estrutura) acelerado por processos exógenos. O rompimento da barragem no município de Brumadinho comportava os rejeitos da mina do Córrego do Feijão, cerca de 11,7 milhões de metros cúbicos. Devido ao desastre, o trabalho objetivou-se em delimitar a área atingida pela lama do rejeito com uso de sensoriamento remoto e comparar com outros métodos já aplicados na literatura. Desta forma, imagens do Sentinel-2 foram adquiridas para aplicar o método de Classificação Supervisionada a partir do software Spring 5.5.6, utilizando uma imagem anterior e posterior à tragédia (07/01/2019 e 01/02/2019). Já os métodos utilizados por outros autores foram: Classificação Supervisionada e Não Supervisionada, Índice NDVI, Razão Simples de Minerais Ferrosos e Argilominerais e por último, vetor. A aplicação da Classificação Supervisionada demonstrou-se eficaz ao separar os atributos da imagem, separando em áreas (vegetação, outros e área atingida) resultando em uma cobertura de 282 ha e em comparação com os outros métodos, as áreas cobertas pela lama variaram de 164,792 ha à 430,18 ha. Com isso, o estudo concluiu que os métodos de sensoriamento remoto são eficazes em delimitar áreas que sofreram impacto ambiental, sendo uma ferramenta de baixo custo.