Devido à crescente preocupação com as mudanças climáticas, fonte renováveis e intermitentes como a fotovoltaica e a eólica encontram-se em plena ascensão. Consumidores residenciais, comerciais e industriais investem cada vez mais na geração distribuída. Ao mesmo tempo em que a geração distribuída se torna uma parte significante no fluxo de potência das redes em média e baixa tensão, muitas dificuldades técnicas podem surgir, entre as quais a mais conhecida é a elevação dos níveis de tensão. A literatura sobre os impactos da geração distribuída fotovoltaica ainda tenta descobrir, e quantificar, todos os fatores e condições que poderiam causar elevações de tensão. Neste contexto, este artigo apresenta um estudo de caso em que múltiplos níveis de potência instalada de geração distribuída fotovoltaica são simulados em um sistema de distribuição real, o qual foi modelado a partir de dados real providos pela concessionária local. Este estudo considerou curvas de irradiação solar médias por estação climática, bem como três curvas de carga distintas caracterizadas como leve, intermediária e pesada. Sobretudo, este estudo deixa claro que tanto o índice de penetração da geração distribuída quanto a curva de irradiação solar podem afetar diretamente os níveis de tensão no ponto de acoplamento. Portanto, a maior contribuição deste trabalho é prover evidências para o estudo de sobretensões.