Este artigo objetiva demarcar, segundo uma revisão narrativa, algumas perspectivas metodológicas do campo de estudos clínicos da Psicologia Humanista-Fenomenológica. Inicialmente, explica em que consiste a Psicologia Humanista, como uma ciência da experiência consciente. Argumenta que ela historicamente congrega diversas filiações epistemológicas e metodológicas com manifestações nomotéticas e idiográficas. Em seguida, define essas manifestações e aponta que sua diversidade está implicada na discussão sobre a validade clínica de estudos e intervenções sobre a experiência consciente; contudo, é possível (re)pensar a ideia de validade segundo um referencial fenomenológico. Posteriormente, apresenta e discute algumas perspectivas metodológicas de pesquisas nomotéticas e idiográficas que possibilitam avanços quantitativos e qualitativos na clínica humanista em suas variadas abordagens. Conclui-se que assumir o caráter contrastante, porém circular, de valor científico pode contribuir para enriquecer e avançar a Psicologia Humanista-Fenomenológica brasileira.