Análise Postural E Do Movimento De Ombros Em Pacientes Pós Mastectomizados Sob Intervenção Fisioterêutica

Abstract

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo. Apesar do avanço das técnicas cirúrgicas para o tratamento, há forte probabilidade de complicações pós-operatórias cinético-funcionais. Avaliar a postura e o arco de movimento (ADM) do ombro de pacientes mastectomizados antes e após a intervenção fisioterapêutica. Estudo série de casos que acompanhou 7 pacientes submetidos à mastectomia. A avaliação postural e do ADM para abdução e rotação externa do ombro foi realizada através da biofotometria e análise de dados pelo software IMAGE J antes e após 10 sessões de tratamento fisioterapêutico. Os dados foram submetidos ao teste T com significância de 5%. Sete pacientes com idade de 56,8±5,5 anos, gênero feminino foram submetidos à intervenção e apresentaram ganho de arco para os movimentos de rotação externa (p=0,018) e abdução de ombro (p=0,003). Na análise postural houve maior simetria do nivelamento dos ângulos inferiores das escápulas (p=0,03). A intervenção fisioterapêutica exerce influência sobre o ganho de arco de movimento e diminuição das disfunções posturais secundárias a mastectomia. Estudos com maior número de participantes e maior período de tratamento são de extrema importância para a elaboração de conclusões mais sólidas.

Tratamento De Pacientes Com Pré- Operatório E Pós-Operatório De Mastectomia

“…Através desse estudo foi possível observar que após 10 sessões de fisioterapia, os pacientes relataram diminuição da dor em membro superior e melhora da ADM. Isso reafirma a importância da atuação fisioterapêutica para a recuperação funcional do membro, que mesmo não recuperando o retorno completo do movimento em muitos casos, é possível prevenir e melhorar a mobilidade do membro, sendo isso intensificado quando há acompanhamento a longo prazo com o paciente. ALVES et al, (2017), destaca em seu estudo a agressividade da mastectomia e seu significante comprometimento na continuidade das tarefas básicas de vida diária do paciente, haja vista a redução da amplitude de movimento do membro superior, principalmente na execução dos movimentos de flexão, rotação externa e abdução, além de possível prejuízo a força muscular. Acrescentado a isso, é válido ressaltar a desordem postural que se instala no paciente após a intervenção cirúrgica, visto que estes apresentam elevação de escápula e ombro, além de giro interno de ombro homolateral a cirurgia, ocasionando contratura muscular cervical e consequente dor devido à falta de peso da mama.…”

“…Frisa-se a importância fisioterapêutica no ambiente hospitalar e do acompanhamento a longo prazo, em virtude dos resultados positivos que apresenta na recuperação da amplitude de movimento e realinhamento postural do paciente (ALVES et al, 2017) De acordo com Santos et al, (2017) houve melhora na ADM e do escore total do DASH, as queixas das pacientes diminuíram e algumas delas já não apresentavam dificuldade ao realizar algumas tarefas, como "lavar as costas, vestir uma blusa fechada, preparar uma refeição, participar de atividades, arrumar a cama, carregar objetos, lavar ou secar o cabelo" e menos sintomas relacionados com dor, fraqueza e dificuldade de mover o braço, ombro e mão. Isso pode ser reforçado pelo fato que a ADM dos dois membros superiores serem similares ao final do tratamento, indicando que as mulheres atingiram sua funcionalidade.…”

Criação de tecnologia educativa audiovisual para pacientes oncológicas pós-mastectomia

“…Pacientes submetidas a procedimento cirúrgico como parte do tratamento oncológico de câncer de mama podem apresentar alguma alteração postural como, por exemplo, ombro elevado, acentuação ou redução das curvaturas fisiológicas ou ainda rotação/ inclinação da cabeça. Alterações semelhantes a essas podem ser vistas nas literaturas (Almeida et al, 2021;Alves et al, 2017;Beleza et al, 2016) como também podem ser vistas abordagens da fisioterapia no pós-operatório (Ramos, 2019;Silva & Santos, 2018;Rodrigues-Oliveira et al, 2016), bem como a importância de orientações relacionadas a postura nessas pacientes. Assim, uma mídia educacional, do tipo vídeo, mostra-se relevante para esse público.…”

Intervenções fisioterapêuticas utilizadas na reabilitação funcional do membro superior de mulheres pós-mastectomia

“…Como no estudo de Petry et al [38], Nava et al [30] e Junior et al [39] que utilizaram alongamentos, mobilização articular, exercícios ativos, exercícios resistidos, mobilização cicatricial e liberação miofascial, afirmando que houve melhora na ADM, dor e qualidade de vida das pacientes após o período de intervenção. Segundo Alves et al [40], a fisioterapia é fundamental para a melhora da funcionalidade, pois sua redução é considerada um declínio na condição física e incapacidade de realizar atividades diárias, refletindo negativamente na vida do indivíduo [41,42].…”