Introdução: As cirurgias no câncer de mama ocasionam a redução da amplitude de movimento (ADM) de ombro, impactando na sua funcionalidade. A biofotometria é um recurso capaz de avaliar a ADM, mostrando precisão e reprodutibilidade. Objetivo: Mensurar a ADM de ombro e cotovelo e relacioná-las com o ganho funcional após intervenção fisioterapêutica e o tipo cirúrgico em mulheres submetidas à cirurgia oncológica mamária. Método: Pesquisa observacional analítica, com 30 mulheres mastectomizadas em acompanhamento no Hospital do Câncer de Uberlândia, submetidas à avaliação biofotométrica, com marcações em pontos padronizados nos membros superiores (MMSS) para análise de ADM em vista frontal e perfil, aplicação do questionário de disfunção de braço, ombro e mão (DASH) e questões de atividades diárias propostas em uma ficha de anamnese antes e após quatro meses de intervenção. Resultados: Observou-se redução da ADM em todos os movimentos de ombro, as médias de abdução e flexão do ombro homolateral, antes e após quatro meses de intervenção fisioterapêutica, foram de 130,3 e 149,4 graus (p=0,002); e 128,1 e 140 (p=0,008), respectivamente. O escore do DASH diminuiu de 38,1 para 32,15 (p=0,047) e, nas questões que envolvem abdução e flexão de ombro, houve maior aumento da porcentagem de respostas para “nenhuma dificuldade”, com média de 23,08% para 42,86%. Conclusão: A abdução e a flexão de ombro são os movimentos mais alterados no membro homolateral à cirurgia, entretanto, após quatro meses de fisioterapia, houve melhora da ADM acarretando ganho funcional, independentemente do tipo cirúrgico.