Introdução: O angioedema corresponde, clinicamente, ao inchaço súbito de pele e/ou mucosas com duração de cerca de dois dias e acompanhado por sensação de dor e queimação, decorrente da vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. O angioedema pode ser classificado como hereditário ou adquirido. Objetivo: O melhor conhecimento acerca da condição, com ênfase em suas peculiaridades, bem como seus desafios diagnósticos e abordagem terapêutica. Materiais e métodos: Uma extensa pesquisa bibliográfica foi realizada em bases de dados acadêmicas, incluindo PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando termos de busca relacionados ao angioedema hereditário Tipo III e sua associação com estrogênio. Resultados e discussão: De acordo com estudos recente, fontes de literatura mostraram forte correlação entre o angioedema hereditário (AEH) tipo III e as alterações dos níveis de estrogênio e mutações no gene do fator XII de coagulação, acometendo mais o sexo feminino na população. Apesar de ainda não ter ficado bem esclarecido a real ligação dos estrogênios na patogenia de AEH tipo III, os estudos sugeriram que altos níveis de estrogênios estão associados a um aumento dos níveis do fator XII, que resulta em uma maior produção de bradicinina e uma redução do INHC1. Considerações finais. Esta patologia apresenta-se desafiadora mediante a um diagnóstico direcionado e tratamento adequado, uma vez que pode manifestar quadros recorrentes e debilitantes, afetando a qualidade de vida do indivíduo portador desta doença.