Reconhece-se a saúde mental em estudantes de pós-graduação uma questão urgente, embora menos pesquisada. Em vista disso, objetivou-se mapear evidências científicas sobre saúde mental de estudantes de pós-graduação, no contexto dos cursos stricto sensu. Para tanto, considerou-se pertinente a realização de uma revisão de escopo, nas bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE. As evidências mapeadas demonstraram que na última década, o número de programas de pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado, vem crescendo de forma constante no cenário mundial e nacional e, concomitantemente, o número de discentes inseridos em tais programas. Por conseguinte, pesquisas publicadas no período de 2018 a 2023 passaram a investigar o adoecimento psíquico na vida acadêmica, evidenciando taxas variando de 15,9 a 78% de ansiedade, 13 a 89% de depressão, 0,99 a 31% de insônia, 5,5% de pânico e 27,4% ideação suicida passiva e 16,5% ideação suicida ativa. Nas amostras dos estudos analisados, cuja quantidade variou de 90 a 5.985 pós-graduandos, houve predomínio do sexo feminino e adultos jovens, com idade média de 30 anos. Foram apontados como fatores que afetam a saúde mental em discentes de pós-graduação de cursos stricto sensu os seguintes: relações deficientes e/ou conflituosas entre orientador e orientando, estresse financeiro, excesso de atividades, competitividade acadêmica e falta de equilíbrio entre vida acadêmica, pessoal e profissional.