A busca por novos medicamentos à base de plantas para tratamento de doenças tem aumentado, sendo que 3/4 da população mundial utilizam remédios tradicionais tornando importante a realização de estudos sobre as alternativas terapêuticas através de abordagens etnobotânicas e quimiotaxonômicas. Foram obtidos dados e informações de 54 informantes, vendedores de plantas para uso medicinal, entrevistados individualmente nas feiras e mercados de São Luis, Maranhão, Brasil. Os dados foram analisados utilizando a frequência relativa (RF) e o fator de consenso informativo (ICF), e 30,3% das espécies selecionadas tiveram amostras coletadas e identificadas no Herbário do MAR, pertencendo a 20 famílias botânicas, sendo que 11,1% pertencem à família Asteraceae e 11,1% à família Fabaceae. As espécies mais citadas pelos informantes foram Hibiscus sabdariffa L., Baccharis crispa Spreng., Senna alexandrina Mill., Camellia sinensis (L.) Kuntze, Quassia amara L., Annona muricata L., Equisetum arvense L., com valores de RF > 5 e ICF > 0,50. A parte vegetal mais utilizada nos fitoterápicos para o tratamento da obesidade é a folha (74,1%), tendo a infusão (92,6%) como modo de preparo mais recomendado. Nossos resultados revelam uma lista de espécies indicadas pelos informantes para o tratamento da obesidade, algumas com estudos biológicos existentes, outras ausentes de estudos pré-clínicos e clínicos. As abordagens são importantes para a validação destas plantas através de estudos experimentais, considerando a necessidade de tais estudos para garantia da função biológica, eficácia e segurança das alternativas terapêuticas propostas.