Justificativa e objetivos: Infecções do trato urinário de origem comunitária em idosos são frequentes. O estudo objetivou avaliar a prevalência e a evolução da resistência das bactérias gram-negativas de infecção comunitária do trato urinário em idosos. Métodos: Estudo transversal, dividido em dois períodos 2011-2012 e 2013-2015, realizado no município de Goiânia, Goiás, de 2011 a 2015, com a participação de quatro laboratórios clínicos. Todos os relatórios positivos de urocultura com o respectivo antibiograma foram considerados. Apenas o primeiro laudo de exame de cada paciente foi incluído na análise, a menos que a reinfecção ocorra três meses após a primeira. Resultados: Foram analisados 3.388 antibiogramas. Os microrganismos mais frequentemente isolados foram sucessivamente E. coli (75,6%), K. pneumoniae (16,6%) e Proteus spp. (5,7%). E. coli apresentou alta taxa de resistência à Sulfonamida (40,5%), Ciprofloxacina (35,0%) e aumento da resistência as Cefalosporinas de 2ª Geração (p = 0,007). As maiores taxas de resistência em K. pneumoniae foram para Sulfonamida (35,2%), Nitrofurantoína (37,9%), Gemifloxacina (46,1%) e Ofloxacina (46,1%) com aumento da evolução da resistência aos carbapenems (p = 0,03) e Cefalosporinas da 1ª Geração ( P = 0,049). Para Proteus spp., a maior resistência foi para Gemifloxacina (46,11%), Ofloxacina (46,11%), Nitrofurantoína (76,68%) e Levofloxacina (81,87%). Enterobacter spp., resistência à Gemifloxacina (42,9%), Ofloxacina (42,9%), Cefalosporinas da 1ª Geração (44,3%) e Levofloxacina (77,1%), com evolução da resistência à Cefalosporina de 2ª geração (p = 0,0057). Conclusão: A prevalência da resistência bacteriana foi elevada para os principais antimicrobianos testados e foi identificada tendência para o aumento da resistência entre os microrganismos analisados. DESCRITORES: Infecções Bacterianas. Infecções por Enterobacteriaceae. Agentes Antimicrobianos. Sistema Urinário. Escherichia coli.