A proposta deste artigo é discutir a análise de Antonio Gramsci (1891-1937) sobre Honoré de Balzac (1799-1850). A figura e a obra de Balzac emergiram, sobretudo no q 3, escrito entre maio e outubro de 1930, como capazes de articular dois elementos centrais da reflexão de Gramsci: a noção de intelectual, em sua relação direta com a ideia de hegemonia; e a problematização acerca da literatura nacional-popular. A hipótese é que o tratamento de Balzac como intelectual permite que se explorem as relações entre autor e obra, literatura e política, vinculadas à construção da noção de nacional-popular em Gramsci.