Introdução: Uma rotina diária fisicamente ativa pode fazer parte da adoção de estilos de vida mais saudáveis e auxiliar no tratamento da obesidade e das comorbidades relacionadas a ela. Objetivo: Verificar a influência de uma rotina diária física minimamente ativa em obesos graus II e III do programa multidisciplinar de cirurgia bariátrica do Hospital de Clínicas, da Universidade Estadual de Campinas. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal de coorte prospectivo observacional, com indivíduos obesos participantes do grupo multidisciplinar pré-operatório de cirurgia bariátrica, realizado no ambulatório de cirurgia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. A coleta de dados foi realizada de forma individual, com indivíduos com obesidade graus II e III (à admissão no ambulatório), em quatro tempos distintos, sendo duas avaliações pré-operatórias: primeira participação do indivíduo no grupo -T0 (108 indivíduos) e após 10% de perda de peso total -T1 (29 indivíduos); e duas avaliações pós-operatórias: pós-cirúrgico tardio até 30 dias -T2 (9 indivíduos) e um ano após a intervenção cirúrgica -T3 (9 indivíduos). Os dados coletados foram: pessoais, de saúde, características demográficas e clínicas, nível de atividade física (através do International Physical Activity Questionnaire Short Form), dados antropométricos, porcentagem de gordura e índice de qualidade de vida (através do World Health Organization Quality of Life Assessment Bref). Resultados: No T0 foram avaliados 108 indivíduos, sendo 72 ativos e 36 sedentários; no T1 foram reavaliados 29 indivíduos, sendo 22 ativos e sete sedentários; no T2 foram reavaliados nove indivíduos, sendo todos sedentários; e no T3 foram reavaliados nove indivíduos, sendo todos ativos. A influência de uma rotina diária física minimamente ativa em obesos graus II e III: foi significativa no T0 (primeira participação do indivíduo no programa), pois no grupo ativo, apenas o IMC impactou os domínios físico e psicológico da qualidade de vida, já no grupo sedentário, todas as medidas antropométricas contribuíram para a presença das doenças préexistentes, além de afetarem os domínios físico e psicológico da qualidade de vida; foi neutra no T1 (após 10% de perda de peso), pois no grupo ativo, a circunferência abdominal 2] contribuiu para a presença da síndrome do ovário policístico e, no grupo sedentário, o peso impactou o domínio de qualidade de vida psicológico; foi neutra também no T2 (pós-operatório tardio até 30 dias), em que todos os indivíduos foram considerados sedentários, pois os dados antropométricos se correlacionaram apenas com o domínio da qualidade de vida físico; e foi significativa no T3 (um ano após a cirurgia), em que todos os indivíduos foram considerados ativos, pois os dados antropométricos se correlacionaram apenas com o domínio da qualidade de vida relações sociais e, apenas o dado antropométrico dobra cutânea supra-ilíaca, ofereceu impacto sobre a qualidade de vida geral. Conclusão: O estudo mostrou que a influência de uma rotina diária física mini...