“…A ênfase dada às discussões sobre a diferença/alteridade tem sido crescente no âmbito dos estudos em teoria da história e história da historiografia nos últimos anos, apesar da necessidade de seu aprofundamento. O reconhecimento dos apagamentos provocados pela concepção moderna de História, caracterizada pela sucessão e linearidade, tem sido importante para que o diálogo com outras lógicas de elaboração de saberes, até então marginalizadas, sejam incorporadas (Neto;Gomes, 2018;Nicolazzi;Turin;Ávila, 2019;Rodrigues, 2019Ramos, 2019aRamos, , 2020bMudrovcic;Avelar, 2021;Assunção;Trapp, 2021;Pereira, 2021;Pinn, 2022;Assunção, 2022;Rangel;Rodrigues, 2022;Oiveira;Hansen, 2023;Assunção;Pereira;Rodriguez;Baldraia;Barbosa, 2023;Santana, 2023;Oliveira, 2023;Hartog;Cezar;. Aprofunda-se a sedimentação da compreensão de que a concepção de tempo linear e evolutivo, fundada no entendimento de que o passado passou, apenas obscurece as impossibilidades de o passado passar, plenamente verificáveis nos clamores das vítimas e de seus herdeiros que ficaram à margem dos processos históricos hegemônicos (Bevernage, 2018;Ramos, 2020a).…”