A Nomeação bidirecional (BiN) pode ser genericamente definida como uma relação comportamental bidirecional que integra as funções verbais de falante e ouvinte. Recentemente, uma nova proposta de classificação de BiN em diferentes subtipos foi apresentada por Hawkins, Gautreaux e Chiesa (2018). O presente estudo realizou uma revisão sistemática de estudos experimentais sobre BiN com objetivo de identificar e analisar o perfil dos participantes e, considerando a nova classificação, os subtipos de BiN que os estudos buscaram avaliar e os procedimentos de ensino utilizados, os procedimentos empregados para testar a emergência da BiN, e a BiN efetivamente avaliada. Utilizando o termo ‘Naming’, foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Wiley e Web of Science. Após a aplicação dos critérios de inclusão/exclusão, 29 artigos foram selecionados para análise. Observou-se que 16 estudos foram realizados com participantes com desenvolvimento atípico, e que a maioria utilizou (1) ensino de emparelhamento ao modelo por identidade com tato do estímulo modelo pelo experimentador (IDMTS+tato) e testes de tato e ouvinte na avaliação de Nomeação unidirecional de falante, considerando a análise dos efeitos do ensino de IDMTS+tato nos testes; e (2) ‘ensino por múltiplos exemplares’ (MEI) como procedimentos de indução de Nomeação unidirecional de falante. Discute-se a necessidade de estudos que avaliem de forma mais precisa os efeitos de diferentes procedimentos (ex. MEI, ‘observação de pareamento de estímulos’) na indução dos demais subtipos de BiN.Palavras-chave: nomeação bidirecional, falante, ouvinte, revisão sistemática.