A maior parte dos dados de que o terapeuta dispõe para a avaliação e a intervenção é o comportamento verbal do cliente. Apesar disso, há pouca literatura que aborda as possíveis contribuições da análise dos operantes verbais para a terapia. Ainda que seja possível encontrar na literatura analítico-comportamental outros paradigmas teóricos sobre fenômenos tradicionalmente estudados como “linguagem”, a proposta skinneriana de análise funcional do comportamento verbal merece maior desenvolvimento e mostra-se potencialmente fecunda. O objetivo deste artigo é investigar e discutir como a análise do comportamento verbal contribui para a avaliação e a intervenção terapêutica. A exposição teórico-conceitual deste trabalho indica que a prática clínica pode ser aprimorada se o terapeuta fizer tais análises funcionais. Conclui-se pela necessidade da realização de pesquisas empíricas sobre o tema e da avaliação pragmática das considerações apresentadas neste artigo.
A relação entre supervisor e supervisionando pode ser vista como um meio para potencializar as técnicas de supervisão, como sendo a própria ferramenta da supervisão e como um contexto que modela a pessoa do terapeuta. A literatura sobre a supervisão alude, mas pouco aprofunda esse terceiro aspecto. O objetivo desta pesquisa foi explorar os efeitos pessoais da supervisão. Foram entrevistados 10 supervisores e 10 supervisionandos. A coleta e a análise dos dados foram direcionadas pelas diretrizes da grounded theory. Os resultados apontam que a supervisão afeta supervisores e supervisionandos de maneira similar. Independentemente das metas didáticas e do modelo de terapia comportamental adotado, supervisionando e supervisor aprendem sobre si, aprendem a melhor relacionar-se com outras pessoas, a enfrentar melhor seus próprios sentimentos difíceis. Entre os supervisores, supervisionar é um caminho de realização pessoal, sendo fonte de motivação e prazer.
A supervisão em psicoterapia é uma intervenção que objetiva avaliar, aprimorar e certificar o desempenho de um colega. O objetivo deste estudo foi investigar como a supervisão impacta o supervisor e o supervisionando como profissionais em modos que extrapolam a meta original de promover o desempenho clínico do supervisionando. Foram entrevistados 20 psicólogos clínicos, dos quais 10 são supervisores e 10 são supervisionandos. Fragmentos de fala foram codificados e categorizados seguindo os preceitos da grounded theory. Os resultados sugerem que o estilo de se relacionar do supervisor influencia o processo de aprendizagem do terapeuta, gera novas perspectivas e ajuda a construir a sua identidade profissional. O desempenho do supervisionando, os desafios encontrados na prática e as semelhanças entre supervisão e terapia impulsionam o crescimento do supervisor em diversas dimensões. Esses resultados apoiam uma compreensão da supervisão como um processo interpessoal de influência mútua.
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