Compreender as alterações gustativas é relevante para identificação de outras doenças ou agravos à saúde quando excluídos a infecção por SARS-CoV-2 e o tratamento antineoplásico. Assim, é necessário que os profissionais de saúde saibam reconhecer doenças queestão associadas às alterações de paladar, quando descartada a infecção em razão do coronavírus. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, MedLine e SciELO, através dos descritores: “Ageusia” e “Disgeusia”, limitando o período de busca entre os anos de 2017 a 2021. Foram incluídos artigos originais, no idioma inglês. Os dados obtidos foram submetidos a uma análise quantitativa simples, selecionando os resumos pertinentes a essa revisão. Foram excluídos artigos que relacionaram tais alterações de paladar ao coronavírus e ao tratamento antineoplásico. Foram selecionados seis estudos, dos 61 encontrados, que em conjunto analisaram uma amostra total de 573 indivíduos. O sabor metálico foi a alteração de paladar relatada com maior frequência, já o sabor doce foi o mais facilmente detectado pelos indivíduos testados, havendo maior facilidade de percepção entre a população feminina. A maioria dos indivíduos relata que a frequência com que este sintoma se apresenta é diária, mas a duração de persistência do sintoma não é descrita. É necessário compreender as alterações de paladar no contexto de outras doenças, quando excluída o coronavírus.