A importância da linguagem reside no fato de que a mesma é uma relação construída pelos fatos históricos e sociais, sendo exposta no dia a dia. A linguagem, portanto, funciona como mediadora entre a pessoa e a realidade cotidiana que a cerca. Infelizmente, em muitas situações, a linguagem é utilizada de forma nociva, donde é possível vislumbrar itens lexicais e avaliativos utilizados de forma pejorativa, tal como acontece nos casos de violência contra a mulher, violência esta que não precisa ser especificamente física, mas também moral e psicológica, e, neste contexto, as palavras são armas poderosas. A fim de coibir a violência contra a mulher, foi editada a Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que servirá de guia para o presente estudo. Pretende-se, pois, através da análise da semântica argumentativa, voltar olhares e trazer para a pauta do estudo a análise de itens lexicais e avaliativos comuns no discurso de mulheres e homens envolvidos nos processos que tramitam na Vara Maria da Penha, inclusive, com a transcrição de um boletim de ocorrências. .