Articulação das ações e interação dos Agentes Comunitários de Saúde na equipe de Saúde da Família

Abstract

RESUmoO estudo de abordagem qualitativa teve como objetivo compreender as relações sociais entre o Agente Comunitário de Saúde (ACS) e a equipe de Saúde da Família (SF), nesse sentido, destaca-se a articulação das ações e a interação entre trabalhadores. Foram realizadas 23 observações participantes e 11 entrevistas semiestruturadas com uma equipe de SF em um município do interior de São Paulo, Brasil. Identificou-se que o ACS, como elo, desenvolve ações operacionais para agilizar o trabalho da equipe. Como laços de ligação, desempenham ações articuladas ao trabalho da equipe, interagindo com os trabalhadores, construindo planos assistenciais em comum, aproximando equipe e comunidade, adequando ações de cuidado às necessidades das pessoas. Na prática comunicativa, ao falarem de si, falam da pró-pria comunidade, pois é seu representante e porta-voz na equipe. Concluiu-se que o Agente Comunitário de Saúde pode ser um trabalhador estratégico se suas ações compreenderem uma dimensão mais política e social do trabalho em saúde.

Competências Profissionais Dos Agentes Comunitários De Saúde: Uma Revisitação

“…17 Essa justaposição de atividades coloca o trabalho do ACS no território em segundo plano. 10,12,18 A competência de buscar apoio de organizações sociais da comunidade e trazer demais segmentos representativos da comunidade para dentro da UBS não obteve consenso, o que reforça o destacado anteriormente sobre as dificuldades referentes à promoção da saúde, visto que a intersetorialidade e a participação popular, são pontos chaves para a concretizá-la. 19 Retomando o conceito de promoção da saúde, no que pese a fragmentação do trabalho, a habilidade de realizar orientações sobre saúde bucal não obteve consenso, o que pode está relacionado a uma concepção de que atividades preventivas deveriam ser desenvolvidas apenas por profissionais da área.…”

“…19 Retomando o conceito de promoção da saúde, no que pese a fragmentação do trabalho, a habilidade de realizar orientações sobre saúde bucal não obteve consenso, o que pode está relacionado a uma concepção de que atividades preventivas deveriam ser desenvolvidas apenas por profissionais da área. Essa percepção reafirma o constatado por outros autores, 18 de que ainda há diferenciação entre os trabalhadores de nível universitário e os que não o possuem, dessa forma, reforçando a presença de relações de poder, superioridade do conhecimento técnico-científico, hierarquia e desigualdades sociais.…”

Modo De Vida Ribeirinho E a Longitudinalidade Do Cuidado Na Atenção Primária Em Saúde

“…Um estudo realizado com agentes comunitários de saúde destacou que ao visitarem diariamente as famílias de sua área, adquirem cada vez mais conhecimento sobre a realidade da população. Por isso, quando adequadamente capacitados, tem condições de elencar as prioridades e levar as diversas situações de saúde para os demais membros da equipe, para que juntos possam discutir e planejar a melhor solução dos casos 13 . Estudo realizado no Rio Grande do Sul concluiu que um dos principais problemas no trabalho da ESF é a falta de infraestrutura nas Unidades de Saúde e ausência de transporte para as visitas domiciliares como um fator que inviabiliza a adequada realização das atividades diárias, principalmente nas localidades mais afastadas ou de difícil acesso.…”

O Reflexo Da Visita Domiciliar Do Acs Na Busca Ativa Do Sr De Um Município Da Amazônia

“…No entanto, entregar recados ou marcar consultas de forma mecanizada sem diálogo ou interação entre os sujeitos não deve constituir o foco das atividades dos ACSs. 23 Outras questões que podem ser analisadas são relacionadas aos cadastros e às fichas de acompanhamento, pois é algo apenas quantitativo, em que os ACSs, muitas vezes, não sabem lidar com esses dados, não utilizando a favor da comunidade, principalmente dados sobre a TB. Os ACSs emitiram algumas críticas sobre os cadastros, pois segundo eles, não contemplam a busca ativa do SR, podendo ser elucidado na seguinte fala do depoente.…”