Artivismo e Ativismo: Design Gráfico e Coletivos

Abstract

A realização de intervenções urbanas aumentou consideravelmente no Brasil a partir do final da década de 1990, principalmente em decorrência do surgimento de coletivos artísticos que se formaram em diversas cidades do país. Este artigo propõe apresentar conceitos relacionados aos campos do design gráfico e da arte urbana, pesquisar suas potenciais aproximações, bem como analisar uma série de intervenções gráficas realizadas por coletivos, em São Paulo e Buenos Aires, com o específico cunho de protesto; as peças tratadas nesta pesquisa são cartazes lambe-lambe, adesivos (stickers), memes digitais, obras em crochê e projeções, aplicadas em suportes diversos. A pesquisa tem como principal objetivo o de buscar parâmetros para identificar possíveis categorizações dentro do escopo maior da linguagem gráfica e tipos de solução encontrados pelos interventores ativistas, atuantes no ambiente urbano, físico e digital.

Self-designing protests

“…The deconstruction of symbols, images, logos and even sounds 1 is resignified by a collective resistance movement of artists and designers to denounce activities, such as those experienced during the national strike, finding a common identity in resistance against injustice [8]. Similar movements in São Paolo and Buenos Aires described by Martins [26], have used graphic language together with urban interventions as agents of social change. In the Colombian context, this sentiment was summarised by historian Diana Uribe, stating that "in Colombia's protests there is no precedent for this graphic explosion.…”