Este estudo analisou informações referentes ao ensino de Endodontia nos cursos de graduação em Odontologia do Estado do Amazonas. Foi delineado um estudo quantitativo, observacional de corte transversal do tipo survey, respondido pelos docentes responsáveis pela área, que mapeou o modelo do ensino nos cursos com conceito 3 ou superior no Enade 2019 (n=3). A taxa de resposta foi de 100%. Em média a quantidade de alunos por turma foi de 40 indivíduos, dois cursos relataram que a endodontia compõe disciplinas integradas com a supervisão de 2 a 3 docentes especialistas. Houve consenso quanto ao conteúdo programático, sendo estes: anatomia interna; instrumentos endodônticos de aço inox e NiTi; materiais obturadores; medicação intracanal e soluções irrigantes; patologia pulpar e periapical; filosofia do tratamento endodôntico e emergências endodônticas. Em relação aos protocolos, a odontometria manual é realizada em todos os cursos; a manobra de patência foraminal é ensinada em todos os cursos, sendo realizada no tratamento de dentes vitais e necrosados em dois cursos. O limite apical variou entre 0,5 e 1mm para dentes com necrose ou vitalidade pulpar, respectivamente. A utilização de sistemas de instrumentação de NiTi manuais, rotatórios e reciprocantes são ensinados nos três cursos, porém o manual é predominante. Houve consenso na utilização do hipoclorito de sódio a 2% como solução irrigante e da escolha do hidróxido de cálcio como base da medicação intracanal. Conclui-se que os cursos possuem convergência do modelo de ensino da Endodontia, principalmente nos alicerces da especialidade que são a integração com outras disciplinas, a carga horária, as metas de tratamento, o conteúdo programático e a apresentação das novas tecnologias.