Amazônia: Emoções, Vivências E Resistências 2021
DOI: 10.47209/978-65-87539-45-4.p.54-88
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As Mulheres E a Economia Solidária Na Amazônia-Acreana

Abstract: A floresta está viva. Só vai morrer se os brancos insistirem em destruí-la. Se conseguirem, os rios vão desaparecer debaixo da terra, o chão vai se desfazer, as árvores vão murchar e as pedras vão rachar no calor. A terra ressecada ficará vazia e silenciosa. Os espíritos xapiri, que descem das montanhas para brincar na floresta em seus espelhos, fugirão para muito longe. Seus pais, os xamãs, não poderão mais chamá-los e fazê-los dançar para nos proteger. Não serão capazes de espantar as fumaças de epidemia que… Show more

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“…Nas narrativas das mulheres existem aspectos que indicam conscientização e emancipação de seu papel na sociedade. Resultados semelhantes foram identificados em outros projetos comunitários realizados no contexto brasileiro, pois, as iniciativas fortaleceram as mulheres no enfrentamento de suas condições sociais, econômicas e culturais (Amaral & Bunstein, 2017;Barrosso, 2009;CasaGrande et al 2018;Schleder et al, 2017), com destaque para a economia popular solidária que promove efetivamente a emancipação (Silva, 2019) E quando estes elementos apresentam repercussões positivas é possível promover qualificação e geração de renda, mas, quando não se identifica a emancipação existe a necessidade de promover reformulações nas ações propostas ou estabelecer parcerias com instituições. É nesse contexto que há necessidade de atenção na maneira de formular, aplicar e avaliar as atividades no contexto comunitário para a identificação das possibilidades e limitações.…”
Section: Discussionunclassified
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“…Nas narrativas das mulheres existem aspectos que indicam conscientização e emancipação de seu papel na sociedade. Resultados semelhantes foram identificados em outros projetos comunitários realizados no contexto brasileiro, pois, as iniciativas fortaleceram as mulheres no enfrentamento de suas condições sociais, econômicas e culturais (Amaral & Bunstein, 2017;Barrosso, 2009;CasaGrande et al 2018;Schleder et al, 2017), com destaque para a economia popular solidária que promove efetivamente a emancipação (Silva, 2019) E quando estes elementos apresentam repercussões positivas é possível promover qualificação e geração de renda, mas, quando não se identifica a emancipação existe a necessidade de promover reformulações nas ações propostas ou estabelecer parcerias com instituições. É nesse contexto que há necessidade de atenção na maneira de formular, aplicar e avaliar as atividades no contexto comunitário para a identificação das possibilidades e limitações.…”
Section: Discussionunclassified
“…Há precariedades na maneira pela qual as relações de gênero são incluídas nos programas de instituições públicas e privadas, o que inviabiliza a representatividade do gênero feminino (Scott, 2018). Por outro lado, resultados positivos têm sido alcançados por meio de projetos de economia popular solidária (Silva, 2019).…”
Section: Introductionunclassified
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“…O seringueiro, grupo que referencia de maneira privilegiada a nossa análise neste estudo, constitui uma categoria camponesa amazônica discutida no âmbito da academia, como o fazem Jean Hebett (2005), Octávio Ianni (1978), Simione da Silva (2004), Masulo da Cruz (2007) Aí, a negociação com o poder público ocorrera pela via institucional, sendo estas organizações diretamente compostas pelos que moram nas áreas rurais; e 3º) através do ambientalismo -em parte representado pelas ONGs, mas sobretudo, pela massificação desta temática nacional e internacionalmente, portanto através da difusão de uma vertente puramente mercadológica, do consumo "sustentável" e pela midiatização em torno das mudanças climáticas e da suposta necessidade da preservação das florestas tropicais, no Brasil, da Amazônia em especial, com suas populações "exóticas"; Apesar de determo-nos no caso dos seringueiros, guardadas as devidas peculiaridades, podemos ampliar estas características do comportamento adotado na articulação com os organismos envolvidos na geração e implementação de políticas públicas, aos demais grupos sociais organizados em torno de sua identidade de população tradicional da Amazônia. O resultado desta dinâmica implica, em primeiro lugar, no reconhecimento jurídico destas populações (Decreto 6040) e na elevação dos montantes de recursos públicos destinados a projetos que, em tese, elevariam as condições da qualidade de vida destas populações.…”
Section: Desenvolvimento Agrário E Aunclassified