Interseccionalidade é o termo cunhado no cerne do movimento feminista antirracista, e atualmente atribuído à conjunção de que formas de exclusão sociais se somam conforme condições identitárias de raça, gênero, sexualidade e classe social. Nessa conjuntura, negros e negras LGBTI+ tipificam agregar múltiplos preconceitos, como racismo e LGBTfobia, que afetam a qualidade de vida e interpõem consequências deletérias para seu envelhecimento, quando a idade surge como outro objeto de aversão social. Buscou-se, então, revisitar a literatura em diversas fontes, principalmente artigos científicos, visando a partir do aporte teórico da interseccionalidade produzir compreensões sobre a velhice de idosos negros LGBTI+. Discute-se que desigualdades raciais e sexuais coadunam com outras variáveis de vulnerabilidade social, ao que negros LGBTI+ obtém menor acesso a saúde, educação e proteção social, estando mais propensos a marginalização social na velhice que idosos brancos e heterossexuais. Apesar de não serem produzidos dados empíricos sobre o contexto brasileiro da velhice negra LGBTI+, espera-se contribuir para a expansão da literatura gerontológica sobre os aspectos psicossociais do envelhecimento desse grupo, ressaltando-se que políticas públicas devam ser constantemente reforçadas em prol da proteção de minorias sociais. A vista do avanço do envelhecimento populacional como fenômeno irrevogável, plural e dinâmico.