Neste artigo, de natureza qualitativa, objetiva-se analisar o assembleísmo como via de democratização da escola pública. Toma-se como objeto as experiências levadas a cabo nas escolas argentinas de jovens e adultos denominadas Bachilleratos Populares (BPs). Os BPs são classificados como escolas públicas, populares e autogestionadas, diferenciadas por essas características das escolas convencionais de jovens e adultos da Argentina. A análise foi realizada por meio da leitura e interpretação de livros, artigos científicos, dissertações, teses e documentos referentes aos BPs e demais organizações vinculadas aos mesmos, bem como pela análise da constituição e organização das escolas percebidas por meio de visitas empíricas frequentes a alguns BPs. Constatou-se que o assembleísmo, no contexto dos BPs, apresenta-se como importante ferramenta de democratização da escola, além de promover a organização e a resposta coletiva da classe trabalhadora às suas inquietudes, contrapondo-se ao individualismo expresso nas escolas convencionais regidas por políticas educacionais neoliberais.