As afecções ortopédicas que necessitam de procedimentos cirúrgicos especializados para reposição de tecido ósseo são frequentes tanto na medicina veterinária quanto na humana.Por isso, não é raro ortopedistas se depararem com fraturas de ossos longos, neoplasias ósseas ou não-uniões de fraturas, que necessitam de tratamento cirúrgico reparador com o uso de enxerto ósseo ou implante natural e/ou sintético. Pretendeu-se com está pesquisa analisar as interfaces entre compósitos constituídos de matriz óssea mineralizada heteróloga trabecular canina (MOMHTc) e bovina (MOMHTb) associadas ao PMMA e as falhas ósseas de tíbias de coelhos, por meio de estudo radiográfico e pela microscopia eletrônica de varredura em diferentes tempos. Foram utilizados 12 coelhos adultos da raça Nova Zelândia para avaliar os comportamentos dos compósitos à base de MOMHTc e/ou MOMHTb associada ao PMMA.Os grupos foram dividido em quatro subgrupos (E1, n-3; E2, n-3; E3, n-3 e E4, n-3), que tiveram as falhas ósseas de tibiais direitas e esquerdas preenchidas com compósitos e avaliadas no pós-operatório imediato, aos 30, 60, 90 e 120 dias. Observou-se que os compósitos de MOMHT(c/b) e PMMA apresentaram potencial citotóxico, sendo este maior no de bovino.Morfologicamente, também foi observado que os compósitos se mantiveram preservados após autoclavagem, demonstrando que o processo de esterilização não alterou as estruturas dos constituintes dos compósitos. Houve incorporação, em relação ao tempo, dos compósitos de MOMHT(c/b) e PMMA aos leitos receptores em 100% dos casos, demostrando ser biologicamente biocompatível, pois promoveram a reparação de falhas ósseas, sem sinais de infecção, migração e/ou rejeição, podendo, dessa forma, ser mais uma opção como substitutos para preencher grandes defeitos ósseos.Palavras chave: Falha óssea, osseointegração substituto ósseo.