Introdução: A intoxicação exógena por medicamento acomete a população pediátrica através dos riscos de exposição e manuseio de fármacos nas residências, como: colocar medicamentos atrativos de fácil acesso às crianças e a superdosagem devido a má administração dos responsáveis. Objetivo: avaliar o perfil de notificações de intoxicação exógena em crianças envolvendo o uso de medicamentos no Brasil. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, exploratório e transversal utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do DATASUS no período de 2015 a 2019. Os dados foram tabulados e organizados pelo software Microsoft Excel 2016. Diante do uso de dados secundários, dispensou-se a submissão do comitê de ética. Resultados: Notificaram-se 43.989 casos de intoxicação exógena por medicamento em crianças no Brasil, em que os estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco apresentaram maiores valores percentuais, 20,0%, 12,3% e 11,7%, respectivamente. A faixa etária entre 1 a 4 anos foi a mais acometida (78,7%), principalmente a população masculina (66,3%). A maioria dos casos ocorreram de forma acidental (69,4%) e a exposição do tipo aguda-única é a mais frequente (83,7%). Conclusão: Conclui-se que a intoxicação exógena por medicamento de forma acidental segue como quadro agravante no Brasil principalmente nas crianças menores de 5 anos, sexo masculino, acidental e aguda-única.