Aspectos nutricionais na síndrome do ovário policístico

Abstract

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio multifatorial que ocorre em mulheres. Uma em cada quinze mulheres em idade reprodutiva tem Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e dentre elas de 50 à 70% apresentam resistência insulínica. As características mais comuns em mulheres com a SOP são disfunção menstrual, hiperandrogenismo e ovários policísticos. Ainda, mulheres com SOP apresentam valores mais elevados no percentual de gordura, adiposidade central, testosterona, glicose pós-prandial, triglicerídeos, colesterol total e LDL colesterol. Apresentam também fatores de risco cardiovasculares mais precocemente do que comparadas as mulheres sem SOP, com o mesmo indice de massa corporal (IMC). Por se tratar de uma doença de etiologia indefinida e fisiopatologia complexa, a busca por novas abordagens para o manejo dos sintomas da SOP a partir de métodos não farmacológicos vêm ganhando destaque. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo a avaliação da eficácia da modulação alimentar para a prevenção e tratamento na síndrome do ovário policístico. O tratamento da SOP deve ser associado com acompanhamento nutricional, terapias e prática de atividade física. Dessa forma, melhorando de forma considerável a fertilidade, resistência e sensibilidade insulínica, regulando também o ciclo ovulatório e controlando o estresse e ansiedade. Por fim, o comportamento alimentar de pacientes que contem a SOP torna-se uma importante ferramenta no auxílio do tratamento da endocrinopatia.