“…Uma das formas de se analisar alianças estratégicas, seja em nível internacional, nacional, regional ou mesmo local, é por meio da teoria de aprendizagem organizacional, pois, em qualquer aliança estratégica e consolidação de parcerias mais amplas, o repasse e a troca de conhecimentos, assim como de tecnologias de gestão das organizações, são premissas para o seu êxito.Segundo Osland e Yaprak (1995 apudKlotzle, 2002) ao aprender uns com os outros, os parceiros assimilam novos conceitos de estrutura organizacional e apreendem novas formas de cultura organizacional. O foco no desenvolvimento organizacional, o planejamento estratégico das organizações e a avaliação de impactos e resultados dos projetos são exemplos de intercâmbio de conhecimentos, habilidades e competências que instituições do Terceiro Setor aprenderam com empresas parceiras e organismos governamentais.Assim como, em contrapartida, a dinâmica do trabalho e a missão das organizações não governamentais ensinaram a governos e empresas a importância do capital social, da ampliação de tecnologias sociais de sucesso para um número maior de pessoas e lugares, do envolvimento e da participação das comunidades para o êxito de projetos, da capacidade de selecionar iniciativas que tenham o potencial de serem replicadas com resiliência(Alves, 2002; Falconer, 1999, Morais;Sizenando-Filho;Santos;& Ismael, 2016).Na linha teórica dos recursos empresariais e considerando o risco, Das e Teng (1998) analisaram as metas e os objetivos dos stakeholders e parceiros envolvidos na criação de uma parceria estratégica, classificando quatro possíveis modelos de recursos que podem ser complementares de forma simultânea ou não, colaborando para estabelecer uma aliança estratégica: são os recursos financeiros, tecnológicos, físicos e organizacionais.Desta forma, os tipos de recursos com os quais as organizações contribuem para formar uma aliança tornam-se variáveis fundamentais para compreender as metas e os objetivos, que estimulam e determinam sua criação, propiciando a existência de uma constelação de interesses e contrapartidas. Uma síntese dos conceitos de aliança estratégica que embasam este artigo está apresentada no Quadro 01, conforme a perspectiva teórica que fundamenta essa pesquisa.…”