Introdução: Durante o período gestacional, ocorrem transformações físicas, hormonais, de inserção social e psíquica que predispõe à ocorrência de alterações mentais. Assim, esse estudo objetiva reunir dados acerca dessas alterações e apontar estratégias para minimizar ou evitar tais transtornos, possibilitando um período gravídico saudável. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, feita nas bases de dados PubMED, Scielo e LILACS, utilizando-se os DeCS: “Transtornos Mentais”, “Gravidez”, “Depressão”, “Cuidado Pré-Natal”. Resultados: Foram incluídos 49 artigos, e desses, as alterações da saúde mental mais prevalentes no período gestacional foram a depressão, a ansiedade, o TMC, a picamalácia e a disforia. Os principais fatores desencadeantes dos transtornos mentais durante a gravidez foram a história prévia da gestante, aborto, gravidez de alto risco, maus tratos e abusos, vulnerabilidade social e apoio familiar. As consequências ao feto, além de afetarem o desenvolvimento infantil, também contribuem para piora na relação mãe/filho, corroboram para o crescimento pós-natal prejudicado, doenças diarreicas infantis frequentes, mau funcionamento social e doenças relacionadas ao sistema imune. Por isso, é necessária uma abordagem para além dos aspectos fisiopatológicos e orgânicos. O pré-natal psicológico, grupos de apoio, técnicas de relaxamento, aconselhamento psicoeducacional, suporte para traçar estratégias de enfrentamento adaptativas à gestação de risco também são métodos com resultados positivos. Conclusão: Além das consequências para saúde materna, os transtornos mentais podem influenciar o desenvolvimento da criança intraútero e pós-nascimento e na relação mãe-bebê-família. Por isso, a intervenção com os métodos disponíveis e a capacitação da equipe de saúde se fazem necessárias para uma gestação saudável.