As dietas hospitalares possuem como objetivo fornecer adequado suporte energético e nutricional aos pacientes e, portanto, devem ser adequadas e possuir qualidade. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial inflamatório de dietas hospitalares. Método: Estudo transversal e quantitativo, realizado em agosto de 2018, no serviço de Clínica Médica de um hospital de referência em Fortaleza, Ceará. Foram coletadas informações referentes às refeições fornecidas no dia (desjejum, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia), de três tipos de dieta de consistência geral: dieta geral, dieta geral diabetes e dieta geral insuficiência renal (dieta geral IRA). O fator inflamatório (FI) foi avaliado de acordo com o IF Tracker. As dietas foram avaliadas quanto ao FI total e de cada refeição, sendo ainda identificados os três alimentos mais anti-inflamatórios e inflamatórios de cada tipo de dieta. Resultados: O FI total médio das dietas foi de -887,23, 604,28 e -675,56 para a dieta geral, dieta geral DM e dieta geral IRA, respectivamente. As refeições desjejum, lanche da tarde e ceia configuram-se como inflamatórias, em maior ou menor grau, nos três tipos de dietas avaliados. O açúcar refinado foi o alimento mais inflamatório nas três dietas, enquanto a batata doce foi o mais anti-inflamatório. Conclusão: Observou-se que a dieta geral e dieta geral IRA são fortemente inflamatórias, o que pode apresentar-se como risco para a rápida recuperação da saúde de indivíduos hospitalizados.