Este estudo pretendeu verificar se os policiais militares de uma cidade da região do vale do Paranhana, inteiror do Rio Grande do Sul, sofrem de estresse ocupacional. Também foi objetivo da pesquisa compreender se o trabalho afeta a vida desses profissionais, identificando quais os fatores geradores de estresse, como também conhecer as estratégias utilizadas pelo policial para lidar com essa situação. O método utilizado foi um estudo descritivo, de caráter quantitativo e qualitativo. A investigação deu-se em dois momentos: primeiro, foi aplicada à escala EVENT (Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho) e os dados foram analisados no programa SPSS 20.0 (Statistical Program for Social Sciences). Já no segundo momento, foi realizada uma entrevista semi-estruturada, somente para os profissionais que apresentaram nível de estresse superior. Participaram da pesquisa 40 policiais militares, de ambos os sexos, com idade entre 25 e 49 anos. Os resultados indicaram que os participantes sofrem de estresse, estando mais vulneráveis os policiais que realizam serviço externo. Constatou-se que a causa maior do estresse no trabalho dos policiais são questões relacionadas à infraestrutura e rotina, tais como a falta de equipamentos, materiais precários e mudanças nas escalas de horário de trabalho. Sendo assim, é fundamental que se tenha um olhar cuidadoso para esses profissionais e que sejam desenvolvidas estratégias para o suporte emocional e social dos trabalhadores dessa categoria, bem como mudanças na infraestrutura de trabalho.